quinta-feira, 14 de abril de 2016

Esquecimento Espiritual

Aos pais que querem fazer seus filhos de amiguinhos...compartilhando coisas intimas do casal, isso é bem prejudicial a criança.

O que é sugerido:

Bert Hellinger chama de esquecimento espiritual. E um bom  exemplo para se aplicar o "esquecer" é quando o pai, ou a mãe, compartilham com os filhos algo de sua intimidade como casal.
Para o próprio bem o filho deve esquecer o que foi falado. Isso tem um bom efeito para todos.

quarta-feira, 13 de abril de 2016

Pais Idosos

"Os filhos têm a obrigação de cuidar dos pais idosos. Mas muitos filhos receiam o que os espera quando os pais estiverem velhos. Isso porque imaginam que deverão cuidar dos pais do modo que eles quiserem. Quando se sentem pressionados assim, sua preocupação é justa.

A solução seria dizer aos pais: "Faremos o que for melhor para vocês". Eis uma situação completamente diferente, mas o que é certo pode não corresponder ao que os pais ou filhos imaginam.

Existe uma dinâmica específica por trás desse problema: os filhos não conseguem ver os pais como são.

Independentemente de sua idade real, logo que os encontram, os filhos tendem a comportar-se como se tivessem 5 ou 6 anos. Os pais, por sua vez, vêem e tratam os filhos como se eles também tivessem 5 ou 6 anos, independentemente de sua idade real.

A única exceção a essa regra que pude constatar foi uma psiquiatra que, durante um seminário, insistiu que ela e a filha eram perfeitamente iguais. Mais tarde, na hora do café, ela começou a falar de sua "pequena Snookie" até que alguém lhe perguntou quem era a tal Snookie. Ela respondeu: "Minha filha!". A pequena Snookie tinha 35 anos de idade (risos). Aí está a única exceção de que tenho conhecimento.

O que realmente necessitamos pode ser arranjado.

Durante uma sessão, uma empresária muito bem-sucedida avisou que precisava telefonar para sua mãe hospitalizada. Ela desejava ardentemente que a filha a levasse para casa e cuidasse dela. A mulher achava que não poderia fazê-lo por causa das suas obrigações profissionais. Eu lhe disse: "Sua mãe tem prioridade. Cuide primeiro dela e depois de seus negócios". A mulher protestou que era impossível. Continuei então:

"Pense um pouco no assunto. Você sabe o que é prioritário, o que é importante. Deixe essa idéia tomar corpo dentro de você".

Como freqüentemente acontece quando alguém já está preparado para fazer a coisa certa, a solução foi inesperada. Ela recebeu a chamada de uma enfermeira altamente competente que desejava cuidar de pessoas idosas. Cobrava caro, mas a mulher tinha dinheiro e ficou feliz em pagar. Foi essa a solução.

Quando os filhos aceitam livremente sua responsabilidade desde o início, os pais acham mais fácil deixar que partam, pois sabem que estarão de volta quando precisarem deles. Os filhos se sentem mais livres para partir, pois sabem que não os estão abandonando; e ficam aliviados quando podem finalmente dar alguma coisa aos velhos pais." - Bert Hellinger

Ancestrais



Como Bert diz, nossos ancestrais moram dentro de nós. Muitas vezes cobertos por véus ocultos, mais eles nos deram a vida, passando de ventre a ventre, de mão em mão, em sintonia com o Sopro Sagrado, que dá origem a tudo e a todos, vamos percebendo a Teia da Existência.

quarta-feira, 6 de abril de 2016

segunda-feira, 4 de abril de 2016

Renascer das Cinzas


Renascer das Cinzas. 



Fênix é um pássaro lendário da mitologia grega, que morria, mas depois de algum tempo renascia das próprias cinzas. O pássaro fênix, antes de morrer, entrava em combustão, para depois renascer.

sábado, 26 de março de 2016

O Silêncio, uma reflexão!


O Silêncio

Quando abrimos nossos olhos no silêncio,
olhamos em torno de nós e ouvimos à nossa volta,
também os animais e as árvores nos falam,
até mesmo a menor, a mais imperceptível das flores.

Mas isso acontece sem ruído, na plenitude do silêncio.

Sim, o grande silêncio é, à sua maneira, poderoso e eloqüente.

Às vezes, dizemos que Deus se retirou e falamos do silêncio de Deus.

Existe alguma palavra que soe mais poderosamente do que esse silêncio?

E, mesmo entre os seres humanos, não é o silêncio, por vezes,
a resposta mais clara e elevada, a resposta válida?

Podemos abafar o silêncio com ruídos, mas só por algum tempo.

Ele nos aguarda, às vezes, por longo tempo.

E não conseguimos fugir dele permanentemente.

 
Bert Hellinger
Livro: Pensamentos a Caminho

Essa bela reflexão de Bert Hellinger sobre o silêncio nos convida a uma escuta mais profunda do mundo e de nós mesmos. Ele nos mostra que o silêncio não é meramente a ausência de som, mas sim um espaço carregado de significado e comunicação.

Podemos observar alguns pontos importantes nessa passagem:

  • A comunicação sutil da natureza: Hellinger nos lembra que, no silêncio, nossos sentidos se aguçam e somos capazes de perceber as mensagens silenciosas da natureza. Os animais, as árvores e até mesmo as flores se comunicam de maneiras que o ruído cotidiano nos impede de notar. Isso nos conecta a uma camada mais profunda da realidade, onde a linguagem não é exclusivamente verbal.

  • O poder eloquente do silêncio: Ele enfatiza que o "grande silêncio" possui uma força e uma eloquência próprias. Isso sugere que o silêncio pode transmitir verdades e sentimentos que as palavras muitas vezes não conseguem expressar. Há uma sabedoria inerente no silêncio que nos permite acessar um conhecimento mais intuitivo e profundo.

  • O silêncio de Deus: A menção ao "silêncio de Deus" é particularmente poderosa. Ela nos faz questionar se a comunicação divina não se manifesta justamente nessa ausência de ruído. Talvez a presença de algo maior seja mais perceptível quando aquietamos nossas próprias vozes internas e externas.

  • O silêncio como resposta humana: Hellinger destaca que, entre os seres humanos, o silêncio pode ser a resposta mais clara e elevada. Em momentos de profunda compreensão, dor ou contemplação, o silêncio pode comunicar mais do que qualquer palavra. Ele permite um espaço para a empatia, a reflexão e a verdadeira conexão.

  • A inevitabilidade do silêncio: A constatação de que podemos abafar o silêncio apenas temporariamente e que ele sempre nos aguarda é muito significativa. Isso sugere que o silêncio é uma parte intrínseca da nossa existência e que, em algum momento, precisamos confrontá-lo. Fugir do silêncio é, de certa forma, fugir de nós mesmos e de uma compreensão mais profunda da vida.

Em suma, o silêncio nos convida a valorizar esse espaço muitas vezes negligenciado em nosso mundo ruidoso. Ele nos mostra que o silêncio é um portal para uma comunicação mais autêntica com a natureza, com o divino e com os outros, além de ser essencial para a nossa própria introspecção e crescimento pessoal. É um lembrete de que, por vezes, a maior sabedoria e as respostas mais profundas podem ser encontradas não no barulho, mas na quietude do silêncio.

Cida Medeiros