quarta-feira, 3 de setembro de 2025

A Dança dos Sentimentos: Por Que Repetimos Padrões?

 


A Dança dos Sentimentos: Por Que Repetimos Padrões nos Relacionamentos?

Desvendando os emaranhados familiares que influenciam suas relações.

Já se pegou pensando: "De novo essa situação?", ou "Por que eu sempre atraio o mesmo tipo de problema nos meus relacionamentos?" Se a resposta é sim, você não está sozinho. Muitas vezes, estamos em uma dança inconsciente, repetindo padrões que aprendemos (ou herdamos) em nosso sistema familiar. E essa repetição não é um acaso, é um convite do nosso sistema para olhar para algo que precisa ser visto.

Esses padrões podem vir de traumas de vinculação ou até mesmo de traumas de vinculação sistêmica, onde dinâmicas não resolvidas de gerações anteriores se manifestam no presente. É como se houvesse uma "coreografia" inconsciente, onde cada um de nós assume um papel para tentar resolver o que ficou pendente. Franz Ruppert nos ajuda a entender a profundidade dessas lealdades ocultas.

Do ponto de vista da neurociência, nosso cérebro é um mestre em criar atalhos. Se crescemos em um ambiente com certas dinâmicas relacionais, mesmo que disfuncionais, nosso cérebro se "programa" para reconhecer e até mesmo recriar essas situações. É a busca por aquilo que é familiar, mesmo que seja doloroso.

A visão sistêmica nos oferece a oportunidade de parar essa dança. Ela nos permite identificar os padrões, reconhecer os emaranhados e, com consciência, escolher um novo passo. Não é sobre culpar ninguém, mas sobre assumir a responsabilidade pela sua própria parte na dança. É sobre olhar com amor e compaixão para a história familiar, para então se libertar dela.

Se você está cansado de repetir os mesmos passos na "dança dos seus sentimentos" e deseja criar novas coreografias para seus relacionamentos, a abordagem sistêmica pode te oferecer o mapa. Permita-se desvendar esses padrões e abrir-se para relações mais saudáveis e autênticas.

Cida Medeiros

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Caleidoscópio do Saber com Cida Medeiros:

Esta postagem foi inspirada e se baseia nas valiosas contribuições de Franz Ruppert, especialmente em sua obra sobre "Almas Confusas" e os tipos de traumas psíquicos (traumas existenciais, de perda, de vinculação e de vinculação sistêmica), além de incorporar conceitos da Teoria Polivagal (Stephen Porges), da Terapia de Aceitação e Compromisso (Steven C. Hayes), dos estudos sobre trauma e corpo (Bessel van der Kolk) e neuroplasticidade (Norman Doidge).

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