quarta-feira, 30 de julho de 2025

Além do Olhar: Neurociência e Traumas de Vinculação

 


Além do Olhar: A Neurociência por Trás dos Traumas de Vinculação

Como as primeiras relações moldam seu cérebro e emoções.

Sabe aquela sensação de que algo te falta, ou aquela dificuldade em confiar plenamente? Muitas vezes, a origem está nos nossos primeiros laços, nas primeiras relações que formamos. Os traumas de vinculação, segundo Franz Ruppert, são feridas que surgem quando nossa necessidade de segurança e conexão não é atendida de forma consistente. E o impacto disso é profundo, alcançando até o nosso cérebro.

A neurociência moderna nos oferece lentes poderosas para entender essa complexidade. A Teoria Polivagal, por exemplo, nos mostra como nosso sistema nervoso autônomo se organiza em resposta às experiências de segurança e ameaça. Se a vinculação foi marcada por imprevisibilidade ou abandono, nosso sistema pode se tornar hiperalerta ou, ao contrário, se "desligar" para se proteger.

Pense no cérebro como um músculo que se molda com o uso. Experiências repetidas de vinculação insegura podem criar caminhos neurais que nos levam a repetir padrões de comportamento, mesmo que dolorosos. É por isso que, muitas vezes, nos vemos em situações que parecem um "déjà vu emocional". Mas a boa notícia é que o cérebro que cura é capaz de transformar! A neuroplasticidade é real, e podemos reescrever essas histórias.

A abordagem sistêmica nos ajuda a não olhar apenas para o indivíduo isolado, mas para o sistema de onde ele veio. Compreender a dança das relações que te formaram é crucial para desatar os nós. É um convite a sentir o corpo, a reconhecer as sensações e a começar a criar novas narrativas internas.

Se você se identificou com essa reflexão sobre traumas de vinculação e a influência da neurociência em suas emoções, saiba que existe um caminho. Explorar a visão sistêmica é como acender uma luz em um quarto escuro, revelando o que antes era invisível. Que tal uma consulta para começarmos a desvendar juntos esses padrões e abrir espaço para novas e mais saudáveis formas de se conectar?

Cida Medeiros

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                         Você tem trauma com a sua mãe? Como reconhecer os sinais invisíveis dessa dor?


Inspiração e Fonte:

Esta postagem foi inspirada e se baseia nas valiosas contribuições de Franz Ruppert, especialmente em sua obra sobre "Almas Confusas" e os tipos de traumas psíquicos (traumas existenciais, de perda, de vinculação e de vinculação sistêmica), além de incorporar conceitos da Teoria Polivagal (Stephen Porges), da Terapia de Aceitação e Compromisso (Steven C. Hayes), dos estudos sobre trauma e corpo (Bessel van der Kolk) e neuroplasticidade (Norman Doidge).

quarta-feira, 23 de julho de 2025

O Eco do Passado: Traumas Familiares e Nossos Comportamentos


O Eco do Passado: Como os Traumas Familiares Moldam Nossos Comportamentos

Entenda como a história da sua família se manifesta hoje em você.

Você já parou para pensar que as dificuldades que enfrenta hoje, talvez até a forma como se relaciona, podem ter raízes em algo que nem você viveu? Parece loucura, eu sei, mas a verdade é que o sistema familiar é um campo de energia e informação. E, acredite, ele tem um jeito peculiar de nos passar "heranças" que vão muito além de bens materiais.

Pense em um trauma como uma semente plantada no solo da sua família. Se não for cuidada, ela cresce e seus frutos podem se manifestar em gerações futuras através de padrões de comportamento, medos inexplicáveis, ou até mesmo doenças. É como se o eco de um acontecimento do passado reverberasse no presente, afetando suas escolhas e sua visão de mundo.

Nossa neurociência nos mostra que o cérebro, incrível como é, se adapta para sobreviver. Se nossos antepassados viveram em um ambiente de escassez ou perigo, essa "programação" de alerta pode ser transmitida, deixando-nos mais ansiosos ou reativos. É fascinante, não é? O corpo, de fato, guarda as marcas.

A beleza da visão sistêmica é justamente essa: ela nos permite olhar para esses ecos, para essas marcas, com compaixão e entendimento. Não é sobre culpar o passado, mas sobre compreendê-lo para liberar o presente. É sobre dar voz ao que ficou silenciado, permitindo que a energia flua de forma mais saudável.

Curioso para desvendar os ecos da sua própria história? Entender como esses traumas familiares podem estar influenciando seus comportamentos é o primeiro passo para uma vida mais plena. Se essa reflexão tocou você, convido-o a explorar mais no nosso blog Caleidoscópio do Saber, onde abordamos  temas diversos que criam pontes para abordagem sistêmica de diversas formas. E se sentir o chamado para olhar mais de perto para suas próprias dinâmicas, uma conversa pode abrir caminhos surpreendentes.

Cida Medeiros


Inspiração e Fonte:

Esta postagem foi inspirada e se baseia nas valiosas contribuições de Franz Ruppert, especialmente em sua obra sobre "Almas Confusas" e os tipos de traumas psíquicos (traumas existenciais, de perda, de vinculação e de vinculação sistêmica), além de incorporar conceitos da Teoria Polivagal (Stephen Porges), da Terapia de Aceitação e Compromisso (Steven C. Hayes), dos estudos sobre trauma e corpo (Bessel van der Kolk) e neuroplasticidade (Norman Doidge).

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sexta-feira, 13 de junho de 2025

As Marcas Silenciosas de um Amor Imperfeito: Entendendo o Trauma Materno

 



As Marcas Silenciosas de um Amor Imperfeito: Entendendo o Trauma Materno

Sabe, em meus mais de 30 anos como terapeuta, tenho visto de perto como as primeiras relações da nossa vida moldam quem somos. E, sejamos sinceros, a relação com a mãe, muitas vezes idealizada, pode ser também a fonte de feridas profundas e silenciosas: o trauma materno.

Não se trata de culpar ninguém, mas de compreender que nem toda mãe teve as ferramentas para oferecer o amor e o amparo que um filho necessita. Às vezes, por suas próprias dores e histórias não resolvidas, elas podem ter deixado marcas invisíveis, mas poderosas.

O Que Fica Quando o Amor Dói?

As consequências desse tipo de trauma são variadas e podem se manifestar de formas que nem imaginamos. Talvez você sinta uma dificuldade persistente em confiar nas pessoas, um medo constante de ser abandonado, ou uma insegurança que te impede de ir atrás dos seus sonhos. Pode ser que você se sinta sempre aquém, buscando aprovação externa a todo custo, ou que tenha padrões de relacionamento que se repetem de forma dolorosa.

Muitas vezes, essa dor se traduz em ansiedade, depressão, problemas de autoestima ou até mesmo somatizações físicas. É como se houvesse um roteiro interno, escrito na infância, que continua a ditar suas reações e emoções na vida adulta.

Como Perceber Essas Marcas em Você?

sexta-feira, 6 de junho de 2025

Por Que Repetimos Padrões Nocivos?

 


Por Que Repetimos Padrões Nocivos? Do Inconsciente Familiar à Neurociência do Pertencimento.

Você já se perguntou por que, às vezes, parece que estamos presos em ciclos de comportamento que não nos servem, ou até mesmo prejudicam a nós e aos outros? É uma questão complexa que tem intrigado pensadores de diversas áreas, desde a psicologia profunda até as mais recentes descobertas da neurociência.

terça-feira, 20 de maio de 2025

Quando a Fé Fere




✨Quando a Fé Fere: a dor silenciosa de quem só queria ser aceita por Deus✨

Ela chegou dizendo que brigou com a namorada...
Mas o que estava por trás daquela briga era algo maior:
o medo de não ser aceita.
Pela parceira. Pela sociedade.
E, principalmente, por Deus.

sexta-feira, 16 de maio de 2025

Superando o Desamparo Aprendido




Superando o Desamparo Aprendido: Um Guia para Reconhecer e Agir

Perceber-se em um estado de desamparo aprendido é o primeiro e crucial passo para sair dele. Não é um processo instantâneo, mas sim uma jornada de autoconhecimento e ação deliberada. Se você suspeita que está preso nesse ciclo, as seguintes orientações podem ajudar a identificar os sinais e traçar um caminho para a mudança:

sexta-feira, 9 de maio de 2025

Desafios da Fé: Abuso, Manipulação e Trauma Religioso

 


Desafios da Fé: Abuso, Manipulação e Trauma Religioso

A fé é um refúgio para muitas pessoas, especialmente em momentos de fragilidade emocional, quando buscamos sentido, apoio ou conexão. Porém, nem todo ambiente espiritual oferece o acolhimento que promete. Algumas experiências podem levar a abusos emocionais, manipulação e até traumas profundos. Este artigo é uma prestação de serviço para ajudar você a entender esses riscos, identificar se está sendo vítima de práticas abusivas e proteger seu bem-estar.

O Que Pode Acontecer em Contextos de Fé?

Quando estamos vulneráveis, é natural buscar conforto em grupos ou líderes espirituais. Mas, em alguns casos, essa busca pode ser explorada. Abusos emocionais e traumas relacionados à fé surgem quando a confiança é usada para controlar, em vez de fortalecer. Isso pode acontecer de forma sutil, tornando difícil perceber o que está errado até que os impactos já sejam profundos.

Sinais de Que Algo Está Errado