quarta-feira, 15 de outubro de 2025

A Armadilha Dourada do Pertencimento

 


A Armadilha Dourada do Pertencimento

Boa Consciência: A Armadilha do Pertencimento que Paralisa sua Evolução

Por Que Você Repete Padrões Familiares?

Você já se perguntou por que insiste em caminhos que sabe que não dão certo? Por que a dificuldade financeira é uma constante, ou por que repete o mesmo tipo de relacionamento fracassado da sua mãe ou do seu pai? A resposta pode estar na sua Boa Consciência.

Nas Constelações Familiares de Bert Hellinger, a Boa Consciência não tem a ver com ser moralmente "bom". É o sentimento primário, o desejo mais forte que nos rege: o de pertencimento. É a sensação de inocência que sentimos ao dizer: "Eu sou como vocês. Eu sou aceito aqui."

O Preço Oculto da Inocência

Para garantir esse lugar na sua tribo, no seu sistema familiar, você se torna leal. Essa lealdade cega te faz seguir os padrões, os destinos e até as dores dos que vieram antes, mesmo que isso signifique adoecer ou se prejudicar. Hellinger nos mostrou o paradoxo: você pode cometer ações prejudiciais à sua própria vida, ou até mesmo aos outros (como excluir um familiar), e ainda assim sentir uma leveza profunda. É a leveza da Inocência e do pertencimento garantido.

Mas aqui está a reflexão: Você está pagando o preço da sua evolução em troca dessa leveza infantil? O verdadeiro crescimento pessoal e a chance de quebrar ciclos de trauma só começam quando você tem a coragem de incomodar o sistema. Pronto para olhar para isso de verdade?


Essa compreensão profunda, inspirada pelos seminários e pelo livro "O Movimento do Espírito" de Bert Hellinger, transforma a maneira como você vê a culpa e a evolução. Se você sente que essas dinâmicas de Boa Consciência e Má Consciência estão travando sua vida, impedindo sua evolução, e se quer finalmente transformar a repetição em liberdade, saiba que não precisa fazer essa travessia sozinho.

Eu sou especialista em olhar para essas dinâmicas de sistema familiar, trauma e neurociência que moldam seu comportamento. Pronto(a) para descobrir as lealdades invisíveis que te impedem de prosperar e encontrar a força na sua Má Consciência?

Envie-me uma mensagem e vamos agendar uma consulta para você dar o seu próximo passo. Siga o blog para mais reflexões que tocam a alma!

Cida Medeiros

quarta-feira, 8 de outubro de 2025

"Casa Comigo ou com a Mamãe?"

 


 "Casa Comigo ou com a Mamãe?": O Emaranhamento que Bloqueia Seus Relacionamentos

Quando a Criança Interior Comanda o Adulto

É uma cena comum, mas que revela um profundo emaranhamento familiar: um parceiro compra uma casa para morar com a mãe, deixando a parceira de lado. Por que um adulto, que escolheu se relacionar, faria uma escolha que claramente sabota a união?

A resposta, sob a ótica das Constelações Familiares de Bert Hellinger, está na lealdade oculta e no lugar não assumido dentro do sistema familiar.

Essa pessoa está emaranhada na família de origem. A criança interior dela, aquela que se sentia responsável pela mãe ou que precisava preencher uma lacuna no sistema, ainda comanda o adulto que tenta se relacionar. O vínculo conjugal exige que o adulto deixe o lugar de filho/a e assuma o lugar de parceiro/a, de igual para igual.

A Lealdade Oculta à Família de Origem

Quando o filho não consegue assumir um relacionamento com a parceira, muitas vezes é porque o coração está ocupado, preso. Ele está inconscientemente dizendo: "Mãe, eu cuido de você", ou "Meu amor, sou seu parceiro substituto, e não do meu parceiro de fato."

A narrativa da pessoa que vive essa situação é direta: "Certamente essa pessoa que comprou essa casa para morar com a mãe não quer ficar nesse relacionamento." O ato de comprar a casa e ir morar com a mãe não é sobre um imóvel, é um sintoma. É a manifestação de que a primeira e mais forte lealdade (à mãe) ainda está em primeiro lugar, e o relacionamento com a parceira está, na prática, sendo rejeitado.

O Passo Decisivo Rumo à Parceria e a Solução para o Emaranhamento

Para que um relacionamento a dois floresça, é fundamental que o indivíduo tenha a força de assumir seu próprio destino e dizer, com o coração, "Você é a minha mãe e eu sou o seu filho, mas meu lugar como adulto é ao lado do meu parceiro."

A dificuldade de construir uma vida com a parceira não é um defeito de caráter, mas um peso que se carrega da família de origem. Você se identifica com essa dificuldade? Sente que seu relacionamento não avança por um peso que não consegue nomear?

O caminho para o amor maduro começa com a liberação desse emaranhamento. As Constelações Familiares oferecem a visão e a força para você colocar cada pessoa em seu lugar de direito e, finalmente, estar livre para dizer "Sim" ao seu parceiro e à sua própria vida.


segunda-feira, 6 de outubro de 2025

O Campo que Conecta

 


O Campo que Conecta: A Força Invisível das Constelações Segundo Hellinger

O Campo é Tudo: Onde a História Encontra o Agora

Você já se perguntou por que certas situações se repetem na sua vida, como se houvesse uma força invisível ditando o roteiro? Bert Hellinger, o criador das Constelações Familiares, não apenas se perguntou, como nos deu a chave para entender essa dinâmica: o Campo.

Em seu livro, A Fonte Não Precisa Perguntar Pelo Caminho, Hellinger nos convida a mergulhar na compreensão de que somos muito mais do que indivíduos isolados. Somos parte de um sistema familiar vasto, vivo e eternamente conectado.

Afinal, o que é esse Campo?

Ele é a própria totalidade, a amplitude onde todas as pessoas do seu sistema — vivos e mortos, reconhecidos e excluídos — estão inseridas e conectadas. É como se fosse o inconsciente coletivo da sua família, onde todas as informações, dores e destinos estão armazenados e se manifestam.

Como o Passado de 1800 Afeta Sua Vida Hoje

A grande reflexão que a prática das Constelações Familiares nos traz é que você não tem como olhar para fora do Campo. Mesmo quando um representante se volta para algo que aconteceu há séculos, esse evento, digamos, em 1800, ainda faz parte e afeta a dinâmica atual.

Pense nisso: a dor de um bisavô excluído, a injustiça sofrida por uma tia ou um destino trágico não são apenas "história". Eles são energias que vibram no seu presente, prontas para serem vistas, honradas e integradas. É por isso que, muitas vezes, sentimos um peso que não é nosso, um medo inexplicável ou uma dificuldade que parece vir de "lugar nenhum". Vem do Campo que você herda.

Seu Campo Clama por Ordem e Conexão

Essa força é real, poderosa e está atuando silenciosamente no seu cotidiano, moldando suas escolhas, seus sucessos e suas frustrações. Entender o Campo é o primeiro passo para parar de lutar contra os efeitos e ir em direção à causa que está na raiz do seu sistema.

Você sente que é hora de dar voz ao que está invisível, de liberar os emaranhamentos e de trilhar seu próprio caminho com leveza? Se o Campo te move, a solução para a sua dor também está nele.

Cida Medeiros

quarta-feira, 1 de outubro de 2025

Lealdades Invisíveis: O Que Você Ainda Carrega Sem Saber

Uma história tocante sobre trauma, descanso e o poder de um olhar que cura. 



“Os ratos dormem à noite”: uma metáfora para as lealdades invisíveis na alma familiar

Por Cida Medeiros
Terapeuta holística com abordagem integrativa e sistêmica


Em muitos momentos da minha caminhada como terapeuta, me deparo com histórias que tocam camadas muito profundas da alma. Uma delas, ouvida em um seminário com Bert Hellinger, ficou gravada em minha memória e continua ecoando em meu coração há décadas. Ela revela com simplicidade e força como olhares — de dor, de lealdade, de trauma — podem aprisionar vidas inteiras em destinos que não lhes pertencem.

A história é a seguinte:

Um menino em Berlim, exausto, vigiava o corpo do irmão morto para que os ratos não o devorassem. Um homem amigável, ao vê-lo, sussurrou: “Mas os ratos dormem à noite”. Somente então, a criança pôde descansar.

À primeira vista, parece apenas um gesto de ternura. Mas quando olhamos por uma lente sistêmica, essa imagem se transforma em um espelho poderoso.

Lealdades Invisíveis: o menino e seu irmão

quinta-feira, 25 de setembro de 2025

Como lidar com ciclos

 



A Metáfora do Rio e da Semente

Numa terra distante, havia um rio. Não era um rio comum, mas um rio que corria com a memória de todas as paisagens que havia tocado. Em seu leito, carregava pedras arredondadas pela jornada, galhos que outrora foram verdes, e a quietude dos lugares mais profundos. Ele amava seu trajeto, a forma como se movia, a força de sua corrente. E, principalmente, amava uma grande rocha que se tornou seu ponto de referência, um ponto fixo no qual ele sempre se chocava, se moldava e, de alguma forma, encontrava seu ritmo.

A rocha, por sua vez, sentia a pressão e a constância do rio. Ela se via como o ponto de estabilidade e o destino inevitável daquela correnteza. Sua existência se definia pela presença e pela força da água que a esculpia.

Certo dia, o rio percebeu que, por mais que sua corrente moldasse a rocha, o fluxo em si estava se perdendo. As águas se agitavam em círculos viciosos ao redor daquela imensa estrutura, e a dor de chocar-se contra ela era a única sensação que o rio reconhecia como familiar. Ele sentia, em suas profundezas, uma sede por águas que nunca havia tocado, por paisagens que só existiam na memória ancestral. Mas o medo era imenso. O que seria dele sem a rocha que o guiava? Como ele saberia para onde ir sem o atrito que definia seu curso? A rocha também sentiu a mudança. Ela se perguntava o que seria sem o rio para lhe dar sentido, para sentir-lhe a vida correndo sobre sua superfície.

quarta-feira, 24 de setembro de 2025

Olhar Que Cura: A Nova Abordagem para a Saúde Mental

 


Olhar Que Cura: A Nova Abordagem para a Saúde Mental e Bem-Estar

Olhar Que Cura: A Nova Abordagem para a Saúde Mental

Integrando a visão sistêmica, neurociência e ACT para seu bem-estar.

Em um mundo em constante mudança, a forma como cuidamos da nossa saúde mental também precisa evoluir. O tempo em que se olhava apenas para o indivíduo isoladamente está dando lugar a uma compreensão mais ampla, mais integrada. É o que chamo de "Olhar Que Cura": uma abordagem que une a sabedoria ancestral da visão sistêmica com as mais recentes descobertas da neurociência e a eficácia da Terapia de Aceitação e Compromisso (ACT).

Não se trata de uma única ferramenta, mas de uma sinergia poderosa. A visão sistêmica nos permite compreender os emaranhados e as lealdades ocultas que vêm do nosso sistema familiar, desvendando como os traumas familiares moldam nossos comportamentos. A neurociência nos dá a base biológica, explicando como o cérebro e o corpo guardam as marcas dessas experiências e como podemos, através da neuroplasticidade, reescrever esses padrões. E a ACT nos oferece a bússola para navegar as emoções difíceis, aceitando a dor e nos comprometendo com uma vida de valores.

Imagine ter um mapa completo de si mesmo: entender por que você reage de certas formas (visão sistêmica), como seu cérebro está programado para isso (neurociência) e, mais importante, como agir de forma consciente e intencional para criar a vida que você deseja (ACT). É um caminho de profunda autodescoberta e empoderamento.

Essa é a essência do que venho estudando e aplicando em meu trabalho. Minha jornada, da imersão nas constelações familiares à caminho de completar a graduação em psicologia e estudos em neurociência comportamental, me permitiu e permite construir essa ponte entre diferentes saberes, sempre com o objetivo de oferecer um olhar que cura e transforma.

Se você busca uma abordagem completa para sua saúde mental e deseja mergulhar em um processo de bem-estar que considera todas as suas dimensões – individual, familiar e biológica – convido-o a dar o próximo passo. Uma conversa pode ser o início de uma nova perspectiva para sua vida.

Cida Medeiros


quarta-feira, 17 de setembro de 2025

Desvendando o Campo: Histórias e Metáforas na Cura Sistêmica


 


Desvendando o Campo: A Força das Histórias e Metáforas na Cura Sistêmica

Como narrativas e arquétipos ativam a cura em seu sistema familiar.

As histórias nos conectam. As metáforas nos fazem ver o mundo de um jeito novo. E no universo da visão sistêmica, elas são ferramentas poderosas para desvendar o "campo" familiar e iniciar processos de cura. Você já reparou como uma boa história pode tocar sua alma de um jeito que a lógica nem sempre alcança?

Nos trabalhos com constelações familiares, a linguagem simbólica e as metáforas são intrínsecas. Elas nos permitem acessar camadas mais profundas do inconsciente, onde os traumas familiares e as lealdades ocultas residem. Uma imagem, uma frase, um conto pode, de repente, iluminar uma dinâmica complexa que antes era invisível. É como se a narrativa abrisse uma porta para a alma.

A neurociência explica esse poder das histórias: elas ativam diferentes áreas do cérebro, incluindo as responsáveis pela empatia e pela imaginação, facilitando a reestruturação de crenças e a liberação de emoções. E quando pensamos em arquétipos, como os de Hélio Couto em "Marketing e Arquétipos", por exemplo, percebemos o quanto essas imagens primordiais, presentes no inconsciente coletivo, têm o poder de moldar nossa percepção e nossas reações.

A sua própria história é um tesouro de metáforas. Ao contá-la, ao revisitá-la com um olhar sistêmico, você começa a reescrever o roteiro. Não é sobre mudar os fatos, mas sobre mudar o significado que você atribui a eles. E essa mudança é libertadora, reverberando por todo o seu sistema.

Se você sente que sua história tem algo a te revelar, e que o poder das histórias e metáforas pode ser um caminho para a sua cura sistêmica, convido-o a explorar mais essa possibilidade. Juntos, podemos desvendar os mistérios do seu campo familiar e ativar recursos internos que você nem imagina que possui.

Cida Medeiros