EPISÓDIO 6 — Como começar a se libertar das correntes invisíveis: caminhos para abrir a vida ao amor
(Série: As Correntes Invisíveis da Família)
Existe um momento no processo de despertar em que a alma faz um movimento quase imperceptível — mas profundamente poderoso.
É aquele instante em que você percebe:
“Isso não é só sobre o que eu vivi.
É sobre o que eu carreguei.”
E quando essa consciência se acende, uma nova possibilidade surge:
a de devolver o que não é seu, honrar o que veio antes e, finalmente, permitir que a sua própria vida floresça.
O sexto capítulo é sobre isso:
libertação, não ruptura.
movimento, não confronto.
amor, não rebeldia.
Reconheça a dor que não começou em você
A libertação começa pelo olhar.
Antes de mudar qualquer coisa, é preciso enxergar — com ternura, sem julgamento — que muitos dos medos, travas e bloqueios que você sente não nasceram nas suas experiências, mas na história do seu sistema familiar.
Quando você reconhece isso, algo suaviza dentro do peito.
Algo como:
“Ah… então não sou eu que ‘não presto para amar’. Eu apenas aprendi amor com dor.”
Esse reconhecimento abre espaço para um novo caminho.
Honre sem repetir
Libertar-se não é abandonar sua família.
É honrar sua linhagem de uma forma mais saudável e verdadeira.
É olhar para as dores que vieram antes de você e dizer internamente:
“Eu vejo vocês.
Eu reconheço a história.
E, com amor, sigo outro caminho.”
A alma se acalma quando sente respeito.
E o coração se expande quando percebe que pode seguir sem trair ninguém.
Desocupe o lugar que não era seu
Em muitos sistemas, alguém carrega funções que não pertenciam à sua história:
▸ ser o apoio emocional de um dos pais
▸ sustentar a família
▸ substituir alguém que morreu
▸ ser o “forte” sempre
▸ segurar o sistema unido
▸ ser responsável pela felicidade dos outros
Esse tipo de papel aprisiona a vida afetiva porque exige que você esteja sempre voltado para trás, nunca para frente.
Para se libertar, é preciso devolver simbolicamente cada lugar ao seu dono:
✨ o que é da mãe, devolva à mãe
✨ o que é do pai, devolva ao pai
✨ o que é dos ancestrais, devolva aos ancestrais
A vida flui quando cada alma volta ao seu próprio lugar.
Cultive segurança interna
Para quem cresceu em campos de instabilidade emocional, perda, medo ou vínculos interrompidos, o corpo aprendeu a se proteger — e isso é natural.
Mas o corpo também pode aprender segurança.
Pequenos movimentos ajudam a reprogramar o sistema afetivo:
✨ rituais de autocuidado
✨ práticas de presença
✨ respirações que acalmam o sistema nervoso
✨ caminhadas conscientes
✨ banhos de purificação energética
✨ afirmações ancoradas na realidade (“eu posso estar segura e aberta ao mesmo tempo”)
✨ pausas antes de reagir ao medo
Segurança é um estado construído, não um dom.
Abra espaço emocional
Quem viveu dor afetiva profunda ou herdada tende a:
▸ se distrair demais
▸ se ocupar demais
▸ se anestesiar demais
▸ se responsabilizar demais
▸ se proteger demais
Esses movimentos fecham portas.
Abrir espaço emocional é permitir que algo chegue perto.
É ouvir o que te toca.
É permitir-se sentir sem se julgar.
É desacelerar para o mundo caber dentro de você.
Às vezes, abrir espaço é tão simples quanto olhar para uma paisagem com o peito disponível.
Dê pequenos passos, não grandes saltos
A alma não gosta de pressa.
A cura não nasce de revoluções.
Ela nasce de movimentos sutis:
✨ responder uma mensagem com mais presença
✨ permitir que alguém se aproxime um pouco mais
✨ admitir quando precisa de apoio
✨ praticar vulnerabilidade em doses pequenas
✨ remover uma camada de proteção por vez
Grandes mudanças começam com passos gentis.
7. Permita-se ser escolhido(a) pela vida
Em algum momento — geralmente quando menos se espera — a vida coloca diante de você um amor possível, um vínculo leve, uma pessoa que chega com verdade.
E o que determina se isso floresce não é o passado,
mas sua disposição interna de dizer:
“Eu estou aqui.
Eu estou presente.
Eu me permito viver algo novo.”
A libertação das correntes invisíveis não acontece em um único dia.
Ela acontece no ritmo da alma.
E a alma sempre sabe o caminho.
Feliz Natal!!!
Com carinho e verdade,
Cida Medeiros
Sobre mim
Sou Terapeuta Integrativa com mais de 30 anos de atuação em práticas energéticas, sistêmicas e de autoconhecimento, criadora da Abordagem Integrativa da Alma.
Estou concluindo o 10º semestre de Psicologia, mas não atuo como psicóloga, não ofereço diagnóstico nem tratamento psicológico, e utilizo referencias da Psicologia apenas como inspiração teórica.
Meu trabalho é dedicado ao despertar da consciência, à integração da alma e ao caminho de expansão interior.

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