quinta-feira, 25 de dezembro de 2025

Libertar das correntes invisíveis: caminhos para abrir a vida ao amor

 




EPISÓDIO 6 — Como começar a se libertar das correntes invisíveis: caminhos para abrir a vida ao amor

(Série: As Correntes Invisíveis da Família)

Existe um momento no processo de despertar em que a alma faz um movimento quase imperceptível — mas profundamente poderoso.

É aquele instante em que você percebe:
“Isso não é só sobre o que eu vivi.
É sobre o que eu carreguei.”

E quando essa consciência se acende, uma nova possibilidade surge:
a de devolver o que não é seu, honrar o que veio antes e, finalmente, permitir que a sua própria vida floresça.

O sexto capítulo é sobre isso:
libertação, não ruptura.
movimento, não confronto.
amor, não rebeldia.


Reconheça a dor que não começou em você

A libertação começa pelo olhar.

Antes de mudar qualquer coisa, é preciso enxergar — com ternura, sem julgamento — que muitos dos medos, travas e bloqueios que você sente não nasceram nas suas experiências, mas na história do seu sistema familiar.

Quando você reconhece isso, algo suaviza dentro do peito.
Algo como:
“Ah… então não sou eu que ‘não presto para amar’. Eu apenas aprendi amor com dor.”

Esse reconhecimento abre espaço para um novo caminho.


Honre sem repetir

Libertar-se não é abandonar sua família.
É honrar sua linhagem de uma forma mais saudável e verdadeira.

É olhar para as dores que vieram antes de você e dizer internamente:

“Eu vejo vocês.
Eu reconheço a história.
E, com amor, sigo outro caminho.”

A alma se acalma quando sente respeito.
E o coração se expande quando percebe que pode seguir sem trair ninguém.


Desocupe o lugar que não era seu

Em muitos sistemas, alguém carrega funções que não pertenciam à sua história:

▸ ser o apoio emocional de um dos pais
▸ sustentar a família
▸ substituir alguém que morreu
▸ ser o “forte” sempre
▸ segurar o sistema unido
▸ ser responsável pela felicidade dos outros

Esse tipo de papel aprisiona a vida afetiva porque exige que você esteja sempre voltado para trás, nunca para frente.

Para se libertar, é preciso devolver simbolicamente cada lugar ao seu dono:

✨ o que é da mãe, devolva à mãe
✨ o que é do pai, devolva ao pai
✨ o que é dos ancestrais, devolva aos ancestrais

A vida flui quando cada alma volta ao seu próprio lugar.


Cultive segurança interna

Para quem cresceu em campos de instabilidade emocional, perda, medo ou vínculos interrompidos, o corpo aprendeu a se proteger — e isso é natural.

Mas o corpo também pode aprender segurança.

Pequenos movimentos ajudam a reprogramar o sistema afetivo:

✨ rituais de autocuidado
✨ práticas de presença
✨ respirações que acalmam o sistema nervoso
✨ caminhadas conscientes
✨ banhos de purificação energética
✨ afirmações ancoradas na realidade (“eu posso estar segura e aberta ao mesmo tempo”)
✨ pausas antes de reagir ao medo

Segurança é um estado construído, não um dom.


Abra espaço emocional

Quem viveu dor afetiva profunda ou herdada tende a:

▸ se distrair demais
▸ se ocupar demais
▸ se anestesiar demais
▸ se responsabilizar demais
▸ se proteger demais

Esses movimentos fecham portas.

Abrir espaço emocional é permitir que algo chegue perto.
É ouvir o que te toca.
É permitir-se sentir sem se julgar.
É desacelerar para o mundo caber dentro de você.

Às vezes, abrir espaço é tão simples quanto olhar para uma paisagem com o peito disponível.


Dê pequenos passos, não grandes saltos

A alma não gosta de pressa.
A cura não nasce de revoluções.
Ela nasce de movimentos sutis:

✨ responder uma mensagem com mais presença
✨ permitir que alguém se aproxime um pouco mais
✨ admitir quando precisa de apoio
✨ praticar vulnerabilidade em doses pequenas
✨ remover uma camada de proteção por vez

Grandes mudanças começam com passos gentis.


7. Permita-se ser escolhido(a) pela vida

Em algum momento — geralmente quando menos se espera — a vida coloca diante de você um amor possível, um vínculo leve, uma pessoa que chega com verdade.

E o que determina se isso floresce não é o passado,
mas sua disposição interna de dizer:

“Eu estou aqui.
Eu estou presente.
Eu me permito viver algo novo.”

A libertação das correntes invisíveis não acontece em um único dia.
Ela acontece no ritmo da alma.

E a alma sempre sabe o caminho.

Feliz Natal!!!


Com carinho e verdade,
Cida Medeiros 


Sobre mim

Sou Terapeuta Integrativa com mais de 30 anos de atuação em práticas energéticas, sistêmicas e de autoconhecimento, criadora da Abordagem Integrativa da Alma.
Estou concluindo o 10º semestre de Psicologia, mas não atuo como psicóloga, não ofereço diagnóstico nem tratamento psicológico, e utilizo referencias da Psicologia apenas como inspiração teórica.
Meu trabalho é dedicado ao despertar da consciência, à integração da alma e ao caminho de expansão interior.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Compartilhe sua mensagem, opinião e fique a vontade para participar desse Blog com seus comentários.