quarta-feira, 22 de outubro de 2025

A Coragem de Romper e Evoluir

 


A Coragem de Romper e Evoluir

Má Consciência: Por Que Sentir Culpa Pode Ser o Maior Ato de Amor Próprio

A Força para Mudar Reside no Desconforto

O que você sente quando pensa em fazer algo completamente diferente do que sua família ou grupo espera? Sente um peso, um mal-estar, um frio na barriga? Esse é o chamado da sua Má Consciência.

Enquanto a Boa Consciência nos empurra para a repetição, a Má Consciência é a bússola que aponta para o novo, para a evolução. É o sentimento de culpa que surge quando você se desvia do "permitido". É o medo de ser excluído do sistema familiar.

O Salto para a Liberdade e o Respiro do Sistema

O adulto precisa desse impulso. A Má Consciência é a porta para você se libertar de pesos que não são seus, de repetições que causam trauma e de dinâmicas que aprisionam. É o ato de amor próprio que diz: "Eu escolho o meu caminho, com respeito a vocês, mas pela vida."

Bert Hellinger afirma que você pode fazer ações boas, que te levam ao crescimento e à vida plena, com Má Consciência. O insight transformador é: o medo da culpa é o que nos mantém pequenos. Quando você assume a Má Consciência com respeito, sem julgar o passado, você não só evolui, mas também alivia todo o seu sistema, permitindo que o fluxo do amor siga adiante de uma nova forma.

Se essa sensação de peso te acompanha quando você pensa em prosperar ou ser feliz de um jeito diferente, talvez seja hora de parar de fugir dela e usá-la como a força para mudar.


Essa compreensão profunda, inspirada pelos seminários e pelo livro "O Movimento do Espírito" de Bert Hellinger, transforma a maneira como você vê a culpa e a evolução. Se você sente que essas dinâmicas de Boa Consciência e Má Consciência estão travando sua vida, impedindo sua evolução, e se quer finalmente transformar a repetição em liberdade, saiba que não precisa fazer essa travessia sozinho.

Eu sou especialista em olhar para essas dinâmicas de sistema familiar, trauma e neurociência que moldam seu comportamento. Pronto(a) para descobrir as lealdades invisíveis que te impedem de prosperar e encontrar a força na sua Má Consciência?

Envie-me uma mensagem e vamos agendar uma consulta para você dar o seu próximo passo. Siga o blog para mais reflexões que tocam a alma!

Cida Medeiros

sábado, 18 de outubro de 2025

Sua Dor é Minha Dor




Sua Dor é Minha Dor: O Eco da Angústia no Sistema Familiar


Minha cliente chegou para a sessão imersa em uma dor que parecia grande demais para caber em seu corpo. Há poucas semanas, uma pessoa que ela ama profundamente, seu alicerce, recebeu a suspeita de uma doença grave. O mundo dela parou. O pânico se instalou, trazendo consigo um choro incontido e o medo paralisante de um futuro que, de repente, se tornou uma página em branco e assustadora.

Como se regula um sofrimento assim? O primeiro passo é sempre o acolhimento. É validar essa dor, oferecer uma escuta sensível que abrace cada medo, cada lágrima. Mas, ao longo das semanas, o corpo dela começou a falar o que a alma gritava: uma herpes dolorosa surgiu, fruto da baixa imunidade. A angústia e a ansiedade se tornaram suas companheiras constantes.

Diante disso, o olhar sistêmico nos convida a perguntar: o que esse sintoma está nos dizendo? Seria um padrão de lealdade oculta à dor do outro? Uma culpa inconsciente? Um desejo de partilhar o fardo, de sentir junto, de um amor tão profundo que beira o cego? A resposta é complexa, pois a dor dela não era apenas dela.


O Porta-Voz da Dor Familiar


Na terapia sistêmica, entendemos que não existe somente o sofrimento individual. Um sistema – e a família é o nosso primeiro e mais poderoso sistema – é sempre maior que a soma de suas partes. Quando uma crise como um diagnóstico grave atinge a família, a ansiedade se espalha por todos, mesmo que de formas diferentes.

Muitas vezes, a pessoa que manifesta o sintoma mais visível – a angústia, a doença física, a ansiedade – é, na verdade, o porta-voz da dor de todo o sistema. Ela é a antena sensível que capta e expressa aquilo que os outros membros, por diversas razões, não conseguem ou não se permitem sentir. Ela não é "o problema"; ela é o sinal de que o sistema inteiro está sofrendo.


Quando o Vínculo Adoece Junto

Para ilustrar, pense em um vínculo muito forte, como o de irmãos gêmeos ou de uma parceria de vida. A identidade de um está profundamente entrelaçada na do outro. Não é apenas "eu" e "você", mas um "nós" que define quem são no mundo. A ameaça existencial a um deles não é apenas a dor de talvez perder o outro; é a dor da própria estrutura do "nós" que ameaça se romper.

A angústia, nesse contexto, é a dor do próprio vínculo. O relacionamento é o verdadeiro protagonista, pois é ele que nutre e é dele que emana tanto a nossa maior força quanto a nossa mais profunda vulnerabilidade. Quando um adoece, o vínculo também sente, também adoece e clama por cuidado.


A Dança Silenciosa da Família em Crise

Diante de uma tempestade, a família instintivamente se reorganiza. É uma dança silenciosa e, muitas vezes, inconsciente. Papéis mudam da noite para o dia: quem se torna o cuidador oficial? Quem se afasta para não sentir a dor de perto? Quem se cala, engolindo o próprio medo para parecer forte?

Novas alianças e triângulos emocionais se formam para tentar gerenciar a ansiedade avassaladora. A angústia da minha cliente também era um chamado de atenção para essa nova dinâmica. Um convite para que a família pudesse olhar não apenas para o doente, mas para a forma como todos estavam lidando – ou não lidando – com a situação.


Encontrando a Cura no "Nós"

Se você se identifica com essa sensação de carregar um peso que parece ser seu, mas que ecoa algo muito maior, saiba que a cura também é relacional. Sob a ótica sistêmica, a solução não está em "consertar" o indivíduo que sofre, mas em fortalecer os vínculos, abrir a comunicação e encontrar os recursos que a família já possui para atravessar a crise unida.

Entender essas dinâmicas em sua própria vida é o primeiro passo para transformar a dor. É parar de se ver como o problema e começar a se enxergar como parte de um sistema que busca, acima de tudo, o equilíbrio e o amor.

Se essa reflexão tocou sua alma e despertou o desejo de compreender melhor os olhares que curam e os que adoecem em sua vida, saiba que este é um espaço seguro para essa exploração. Estou aqui para caminhar com você nessa jornada de descoberta e fortalecimento dos seus vínculos mais preciosos.

Cida Medeiros - Terapeuta Sistêmica 

Fontes:

Miller, A., & Hardy, K. V. (2011). Manual do instrutor para Terapia familiar integrativa com Kenneth V. Hardy, PhD. Psychotherapy.net.

Miller, A. (2010). Manual do instrutor para Terapia familiar boweniana com Philip Guerin, MD. Psychotherapy.net.

quarta-feira, 15 de outubro de 2025

A Armadilha Dourada do Pertencimento

 


A Armadilha Dourada do Pertencimento

Boa Consciência: A Armadilha do Pertencimento que Paralisa sua Evolução

Por Que Você Repete Padrões Familiares?

Você já se perguntou por que insiste em caminhos que sabe que não dão certo? Por que a dificuldade financeira é uma constante, ou por que repete o mesmo tipo de relacionamento fracassado da sua mãe ou do seu pai? A resposta pode estar na sua Boa Consciência.

Nas Constelações Familiares de Bert Hellinger, a Boa Consciência não tem a ver com ser moralmente "bom". É o sentimento primário, o desejo mais forte que nos rege: o de pertencimento. É a sensação de inocência que sentimos ao dizer: "Eu sou como vocês. Eu sou aceito aqui."

O Preço Oculto da Inocência

Para garantir esse lugar na sua tribo, no seu sistema familiar, você se torna leal. Essa lealdade cega te faz seguir os padrões, os destinos e até as dores dos que vieram antes, mesmo que isso signifique adoecer ou se prejudicar. Hellinger nos mostrou o paradoxo: você pode cometer ações prejudiciais à sua própria vida, ou até mesmo aos outros (como excluir um familiar), e ainda assim sentir uma leveza profunda. É a leveza da Inocência e do pertencimento garantido.

Mas aqui está a reflexão: Você está pagando o preço da sua evolução em troca dessa leveza infantil? O verdadeiro crescimento pessoal e a chance de quebrar ciclos de trauma só começam quando você tem a coragem de incomodar o sistema. Pronto para olhar para isso de verdade?


Essa compreensão profunda, inspirada pelos seminários e pelo livro "O Movimento do Espírito" de Bert Hellinger, transforma a maneira como você vê a culpa e a evolução. Se você sente que essas dinâmicas de Boa Consciência e Má Consciência estão travando sua vida, impedindo sua evolução, e se quer finalmente transformar a repetição em liberdade, saiba que não precisa fazer essa travessia sozinho.

Eu sou especialista em olhar para essas dinâmicas de sistema familiar, trauma e neurociência que moldam seu comportamento. Pronto(a) para descobrir as lealdades invisíveis que te impedem de prosperar e encontrar a força na sua Má Consciência?

Envie-me uma mensagem e vamos agendar uma consulta para você dar o seu próximo passo. Siga o blog para mais reflexões que tocam a alma!

Cida Medeiros

quarta-feira, 8 de outubro de 2025

"Casa Comigo ou com a Mamãe?"

 


 "Casa Comigo ou com a Mamãe?": O Emaranhamento que Bloqueia Seus Relacionamentos

Quando a Criança Interior Comanda o Adulto

É uma cena comum, mas que revela um profundo emaranhamento familiar: um parceiro compra uma casa para morar com a mãe, deixando a parceira de lado. Por que um adulto, que escolheu se relacionar, faria uma escolha que claramente sabota a união?

A resposta, sob a ótica das Constelações Familiares de Bert Hellinger, está na lealdade oculta e no lugar não assumido dentro do sistema familiar.

Essa pessoa está emaranhada na família de origem. A criança interior dela, aquela que se sentia responsável pela mãe ou que precisava preencher uma lacuna no sistema, ainda comanda o adulto que tenta se relacionar. O vínculo conjugal exige que o adulto deixe o lugar de filho/a e assuma o lugar de parceiro/a, de igual para igual.

A Lealdade Oculta à Família de Origem

Quando o filho não consegue assumir um relacionamento com a parceira, muitas vezes é porque o coração está ocupado, preso. Ele está inconscientemente dizendo: "Mãe, eu cuido de você", ou "Meu amor, sou seu parceiro substituto, e não do meu parceiro de fato."

A narrativa da pessoa que vive essa situação é direta: "Certamente essa pessoa que comprou essa casa para morar com a mãe não quer ficar nesse relacionamento." O ato de comprar a casa e ir morar com a mãe não é sobre um imóvel, é um sintoma. É a manifestação de que a primeira e mais forte lealdade (à mãe) ainda está em primeiro lugar, e o relacionamento com a parceira está, na prática, sendo rejeitado.

O Passo Decisivo Rumo à Parceria e a Solução para o Emaranhamento

Para que um relacionamento a dois floresça, é fundamental que o indivíduo tenha a força de assumir seu próprio destino e dizer, com o coração, "Você é a minha mãe e eu sou o seu filho, mas meu lugar como adulto é ao lado do meu parceiro."

A dificuldade de construir uma vida com a parceira não é um defeito de caráter, mas um peso que se carrega da família de origem. Você se identifica com essa dificuldade? Sente que seu relacionamento não avança por um peso que não consegue nomear?

O caminho para o amor maduro começa com a liberação desse emaranhamento. As Constelações Familiares oferecem a visão e a força para você colocar cada pessoa em seu lugar de direito e, finalmente, estar livre para dizer "Sim" ao seu parceiro e à sua própria vida.


segunda-feira, 6 de outubro de 2025

O Campo que Conecta

 


O Campo que Conecta: A Força Invisível das Constelações Segundo Hellinger

O Campo é Tudo: Onde a História Encontra o Agora

Você já se perguntou por que certas situações se repetem na sua vida, como se houvesse uma força invisível ditando o roteiro? Bert Hellinger, o criador das Constelações Familiares, não apenas se perguntou, como nos deu a chave para entender essa dinâmica: o Campo.

Em seu livro, A Fonte Não Precisa Perguntar Pelo Caminho, Hellinger nos convida a mergulhar na compreensão de que somos muito mais do que indivíduos isolados. Somos parte de um sistema familiar vasto, vivo e eternamente conectado.

Afinal, o que é esse Campo?

Ele é a própria totalidade, a amplitude onde todas as pessoas do seu sistema — vivos e mortos, reconhecidos e excluídos — estão inseridas e conectadas. É como se fosse o inconsciente coletivo da sua família, onde todas as informações, dores e destinos estão armazenados e se manifestam.

Como o Passado de 1800 Afeta Sua Vida Hoje

A grande reflexão que a prática das Constelações Familiares nos traz é que você não tem como olhar para fora do Campo. Mesmo quando um representante se volta para algo que aconteceu há séculos, esse evento, digamos, em 1800, ainda faz parte e afeta a dinâmica atual.

Pense nisso: a dor de um bisavô excluído, a injustiça sofrida por uma tia ou um destino trágico não são apenas "história". Eles são energias que vibram no seu presente, prontas para serem vistas, honradas e integradas. É por isso que, muitas vezes, sentimos um peso que não é nosso, um medo inexplicável ou uma dificuldade que parece vir de "lugar nenhum". Vem do Campo que você herda.

Seu Campo Clama por Ordem e Conexão

Essa força é real, poderosa e está atuando silenciosamente no seu cotidiano, moldando suas escolhas, seus sucessos e suas frustrações. Entender o Campo é o primeiro passo para parar de lutar contra os efeitos e ir em direção à causa que está na raiz do seu sistema.

Você sente que é hora de dar voz ao que está invisível, de liberar os emaranhamentos e de trilhar seu próprio caminho com leveza? Se o Campo te move, a solução para a sua dor também está nele.

Cida Medeiros

quarta-feira, 1 de outubro de 2025

Lealdades Invisíveis: O Que Você Ainda Carrega Sem Saber

Uma história tocante sobre trauma, descanso e o poder de um olhar que cura. 



“Os ratos dormem à noite”: uma metáfora para as lealdades invisíveis na alma familiar

Por Cida Medeiros
Terapeuta holística com abordagem integrativa e sistêmica


Em muitos momentos da minha caminhada como terapeuta, me deparo com histórias que tocam camadas muito profundas da alma. Uma delas, ouvida em um seminário com Bert Hellinger, ficou gravada em minha memória e continua ecoando em meu coração há décadas. Ela revela com simplicidade e força como olhares — de dor, de lealdade, de trauma — podem aprisionar vidas inteiras em destinos que não lhes pertencem.

A história é a seguinte:

Um menino em Berlim, exausto, vigiava o corpo do irmão morto para que os ratos não o devorassem. Um homem amigável, ao vê-lo, sussurrou: “Mas os ratos dormem à noite”. Somente então, a criança pôde descansar.

À primeira vista, parece apenas um gesto de ternura. Mas quando olhamos por uma lente sistêmica, essa imagem se transforma em um espelho poderoso.

Lealdades Invisíveis: o menino e seu irmão

quinta-feira, 25 de setembro de 2025

Como lidar com ciclos

 



A Metáfora do Rio e da Semente

Numa terra distante, havia um rio. Não era um rio comum, mas um rio que corria com a memória de todas as paisagens que havia tocado. Em seu leito, carregava pedras arredondadas pela jornada, galhos que outrora foram verdes, e a quietude dos lugares mais profundos. Ele amava seu trajeto, a forma como se movia, a força de sua corrente. E, principalmente, amava uma grande rocha que se tornou seu ponto de referência, um ponto fixo no qual ele sempre se chocava, se moldava e, de alguma forma, encontrava seu ritmo.

A rocha, por sua vez, sentia a pressão e a constância do rio. Ela se via como o ponto de estabilidade e o destino inevitável daquela correnteza. Sua existência se definia pela presença e pela força da água que a esculpia.

Certo dia, o rio percebeu que, por mais que sua corrente moldasse a rocha, o fluxo em si estava se perdendo. As águas se agitavam em círculos viciosos ao redor daquela imensa estrutura, e a dor de chocar-se contra ela era a única sensação que o rio reconhecia como familiar. Ele sentia, em suas profundezas, uma sede por águas que nunca havia tocado, por paisagens que só existiam na memória ancestral. Mas o medo era imenso. O que seria dele sem a rocha que o guiava? Como ele saberia para onde ir sem o atrito que definia seu curso? A rocha também sentiu a mudança. Ela se perguntava o que seria sem o rio para lhe dar sentido, para sentir-lhe a vida correndo sobre sua superfície.

quarta-feira, 24 de setembro de 2025

Olhar Que Cura: A Nova Abordagem para a Saúde Mental

 


Olhar Que Cura: A Nova Abordagem para a Saúde Mental e Bem-Estar

Olhar Que Cura: A Nova Abordagem para a Saúde Mental

Integrando a visão sistêmica, neurociência e ACT para seu bem-estar.

Em um mundo em constante mudança, a forma como cuidamos da nossa saúde mental também precisa evoluir. O tempo em que se olhava apenas para o indivíduo isoladamente está dando lugar a uma compreensão mais ampla, mais integrada. É o que chamo de "Olhar Que Cura": uma abordagem que une a sabedoria ancestral da visão sistêmica com as mais recentes descobertas da neurociência e a eficácia da Terapia de Aceitação e Compromisso (ACT).

Não se trata de uma única ferramenta, mas de uma sinergia poderosa. A visão sistêmica nos permite compreender os emaranhados e as lealdades ocultas que vêm do nosso sistema familiar, desvendando como os traumas familiares moldam nossos comportamentos. A neurociência nos dá a base biológica, explicando como o cérebro e o corpo guardam as marcas dessas experiências e como podemos, através da neuroplasticidade, reescrever esses padrões. E a ACT nos oferece a bússola para navegar as emoções difíceis, aceitando a dor e nos comprometendo com uma vida de valores.

Imagine ter um mapa completo de si mesmo: entender por que você reage de certas formas (visão sistêmica), como seu cérebro está programado para isso (neurociência) e, mais importante, como agir de forma consciente e intencional para criar a vida que você deseja (ACT). É um caminho de profunda autodescoberta e empoderamento.

Essa é a essência do que venho estudando e aplicando em meu trabalho. Minha jornada, da imersão nas constelações familiares à caminho de completar a graduação em psicologia e estudos em neurociência comportamental, me permitiu e permite construir essa ponte entre diferentes saberes, sempre com o objetivo de oferecer um olhar que cura e transforma.

Se você busca uma abordagem completa para sua saúde mental e deseja mergulhar em um processo de bem-estar que considera todas as suas dimensões – individual, familiar e biológica – convido-o a dar o próximo passo. Uma conversa pode ser o início de uma nova perspectiva para sua vida.

Cida Medeiros


quarta-feira, 17 de setembro de 2025

Desvendando o Campo: Histórias e Metáforas na Cura Sistêmica


 


Desvendando o Campo: A Força das Histórias e Metáforas na Cura Sistêmica

Como narrativas e arquétipos ativam a cura em seu sistema familiar.

As histórias nos conectam. As metáforas nos fazem ver o mundo de um jeito novo. E no universo da visão sistêmica, elas são ferramentas poderosas para desvendar o "campo" familiar e iniciar processos de cura. Você já reparou como uma boa história pode tocar sua alma de um jeito que a lógica nem sempre alcança?

Nos trabalhos com constelações familiares, a linguagem simbólica e as metáforas são intrínsecas. Elas nos permitem acessar camadas mais profundas do inconsciente, onde os traumas familiares e as lealdades ocultas residem. Uma imagem, uma frase, um conto pode, de repente, iluminar uma dinâmica complexa que antes era invisível. É como se a narrativa abrisse uma porta para a alma.

A neurociência explica esse poder das histórias: elas ativam diferentes áreas do cérebro, incluindo as responsáveis pela empatia e pela imaginação, facilitando a reestruturação de crenças e a liberação de emoções. E quando pensamos em arquétipos, como os de Hélio Couto em "Marketing e Arquétipos", por exemplo, percebemos o quanto essas imagens primordiais, presentes no inconsciente coletivo, têm o poder de moldar nossa percepção e nossas reações.

A sua própria história é um tesouro de metáforas. Ao contá-la, ao revisitá-la com um olhar sistêmico, você começa a reescrever o roteiro. Não é sobre mudar os fatos, mas sobre mudar o significado que você atribui a eles. E essa mudança é libertadora, reverberando por todo o seu sistema.

Se você sente que sua história tem algo a te revelar, e que o poder das histórias e metáforas pode ser um caminho para a sua cura sistêmica, convido-o a explorar mais essa possibilidade. Juntos, podemos desvendar os mistérios do seu campo familiar e ativar recursos internos que você nem imagina que possui.

Cida Medeiros

quarta-feira, 10 de setembro de 2025

Liberdade Autêntica: O Caminho da Aceitação Pós-Trauma

 


Liberdade Autêntica: O Caminho da Aceitação e Compromisso Pós-Trauma

Como a ACT e a neurociência podem guiar você à plenitude.

Após um trauma, muitas vezes nos sentimos presos. Presos a memórias, a medos, a uma sensação de que a vida nunca mais será a mesma. A busca por evitar a dor pode nos levar a caminhos que nos afastam de quem realmente queremos ser. Mas existe uma "mente livre" que podemos cultivar, mesmo com as marcas do passado.

A Terapia de Aceitação e Compromisso (ACT), da qual o Dr. Steven C. Hayes é pioneiro, nos oferece um caminho radicalmente compassivo para essa liberdade. Não se trata de "superar" o trauma no sentido de esquecê-lo ou eliminá-lo, mas de aceitar que ele faz parte da sua história, e mesmo assim, se comprometer com uma vida que vale a pena ser vivida. É sobre encontrar seus valores e caminhar em direção a eles, mesmo com a dor ou o desconforto.

Essa abordagem se alinha perfeitamente com o que a neurociência nos ensina sobre a plasticidade cerebral. O cérebro que cura é aquele que aprende novas formas de processar e responder às experiências. Ao invés de lutar contra os pensamentos e sentimentos difíceis, a ACT nos ensina a observá-los com distanciamento, abrindo espaço para a compaixão e para a ação consciente.

E como isso se conecta com a visão sistêmica? Compreender os traumas familiares e as heranças emocionais é um ato de profunda aceitação. É reconhecer que somos parte de algo maior, e que a cura individual reverbera no sistema. Ao aceitar a complexidade da nossa história, abrimos as portas para uma liberdade que vai além do que imaginamos.

Se você busca uma liberdade autêntica, uma forma de viver plenamente mesmo com as cicatrizes do passado, a abordagem sistêmica e os princípios da ACT podem ser seus guias. Permita-se explorar essa jornada de aceitação e compromisso com o que realmente importa para você.


Em 2025, desde o começo do ano tenho realizado atendimentos e supervisões em Terapia Analítico Comportamental que inclui ACT, um curso de 10 horas com Dr. Steven C. Hayes, vários estudos sobre essa maravilhosa ferramenta terapêutica, o que cria uma ponte entre saberes, desde meu trabalho de mais de 30 anos como Terapeuta Holística e graduando no ultimo ano de Psicologia. 

Esta postagem foi inspirada e se baseia nas valiosas contribuições de Franz Ruppert, especialmente em sua obra sobre "Almas Confusas" e os tipos de traumas psíquicos (traumas existenciais, de perda, de vinculação e de vinculação sistêmica), além de incorporar conceitos da Teoria Polivagal (Stephen Porges), da Terapia de Aceitação e Compromisso (Steven C. Hayes), dos estudos sobre trauma e corpo (Bessel van der Kolk) e neuroplasticidade (Norman Doidge).

Conheça:

Caleidoscópio do Saber com Cida Medeiros:

quarta-feira, 3 de setembro de 2025

A Dança dos Sentimentos: Por Que Repetimos Padrões?

 


A Dança dos Sentimentos: Por Que Repetimos Padrões nos Relacionamentos?

Desvendando os emaranhados familiares que influenciam suas relações.

Já se pegou pensando: "De novo essa situação?", ou "Por que eu sempre atraio o mesmo tipo de problema nos meus relacionamentos?" Se a resposta é sim, você não está sozinho. Muitas vezes, estamos em uma dança inconsciente, repetindo padrões que aprendemos (ou herdamos) em nosso sistema familiar. E essa repetição não é um acaso, é um convite do nosso sistema para olhar para algo que precisa ser visto.

Esses padrões podem vir de traumas de vinculação ou até mesmo de traumas de vinculação sistêmica, onde dinâmicas não resolvidas de gerações anteriores se manifestam no presente. É como se houvesse uma "coreografia" inconsciente, onde cada um de nós assume um papel para tentar resolver o que ficou pendente. Franz Ruppert nos ajuda a entender a profundidade dessas lealdades ocultas.

Do ponto de vista da neurociência, nosso cérebro é um mestre em criar atalhos. Se crescemos em um ambiente com certas dinâmicas relacionais, mesmo que disfuncionais, nosso cérebro se "programa" para reconhecer e até mesmo recriar essas situações. É a busca por aquilo que é familiar, mesmo que seja doloroso.

A visão sistêmica nos oferece a oportunidade de parar essa dança. Ela nos permite identificar os padrões, reconhecer os emaranhados e, com consciência, escolher um novo passo. Não é sobre culpar ninguém, mas sobre assumir a responsabilidade pela sua própria parte na dança. É sobre olhar com amor e compaixão para a história familiar, para então se libertar dela.

Se você está cansado de repetir os mesmos passos na "dança dos seus sentimentos" e deseja criar novas coreografias para seus relacionamentos, a abordagem sistêmica pode te oferecer o mapa. Permita-se desvendar esses padrões e abrir-se para relações mais saudáveis e autênticas.

Cida Medeiros

Visite:

Caleidoscópio do Saber com Cida Medeiros:

Esta postagem foi inspirada e se baseia nas valiosas contribuições de Franz Ruppert, especialmente em sua obra sobre "Almas Confusas" e os tipos de traumas psíquicos (traumas existenciais, de perda, de vinculação e de vinculação sistêmica), além de incorporar conceitos da Teoria Polivagal (Stephen Porges), da Terapia de Aceitação e Compromisso (Steven C. Hayes), dos estudos sobre trauma e corpo (Bessel van der Kolk) e neuroplasticidade (Norman Doidge).

quarta-feira, 27 de agosto de 2025

O Corpo Fala: Sintomas Físicos e Emoções Não Processadas

 


O Corpo Fala: Sintomas Físicos e Emoções Não Processadas

Aprenda a decifrar as mensagens que seu corpo envia sobre traumas.

Dor de cabeça constante, problemas digestivos, alergias inexplicáveis... Você já pensou que seu corpo pode estar te dando um recado? Muitas vezes, sintomas físicos são a voz das emoções que não conseguimos processar, das dores que não ousamos sentir. O Dr. Bessel van der Kolk, em seu livro "O Corpo Guarda as Marcas", explora profundamente como o trauma se manifesta em nosso corpo físico.

Quando vivenciamos um trauma, nosso sistema nervoso entra em modo de sobrevivência. Se essa energia não é liberada, ela pode ficar "presa" no corpo, gerando tensões crônicas, inflamações e uma série de sintomas que os médicos convencionais muitas vezes não conseguem identificar a causa. É como se o corpo se tornasse um arquivo vivo das nossas experiências mais difíceis.

A neurociência nos mostra a intrincada conexão entre mente e corpo. O nervo vago, por exemplo, é uma estrada de mão dupla que liga nosso cérebro a órgãos vitais, influenciando tudo, desde a digestão até o humor. Quando em desequilíbrio, por conta de traumas passados, ele pode contribuir para uma série de desconfortos físicos.

A visão sistêmica nos leva a um passo além: ela nos faz questionar se esses sintomas também estão conectados a lealdades familiares inconscientes ou a traumas que ecoam de gerações passadas. Às vezes, o corpo "fala" não só pela nossa própria história, mas pela história do nosso clã.

Escutar o corpo, decifrar suas mensagens e permitir que as emoções reprimidas se expressem é um ato de amor-próprio. É uma forma de liberar a energia estagnada e abrir caminho para a cura em todos os níveis. Se seu corpo tem "falado" com você de formas que você não entende, uma abordagem sistêmica pode ser o caminho para desvendar essas mensagens e encontrar alívio. Permita-se essa escuta.

Cida Medeiros

Visite:

Caleidoscópio do Saber com Cida Medeiros:

Esta postagem foi inspirada e se baseia nas valiosas contribuições de Franz Ruppert, especialmente em sua obra sobre "Almas Confusas" e os tipos de traumas psíquicos (traumas existenciais, de perda, de vinculação e de vinculação sistêmica), além de incorporar conceitos da Teoria Polivagal (Stephen Porges), da Terapia de Aceitação e Compromisso (Steven C. Hayes), dos estudos sobre trauma e corpo (Bessel van der Kolk) e neuroplasticidade (Norman Doidge).

quarta-feira, 20 de agosto de 2025

Os Nós da Alma: Traumas de Vinculação Sistêmica e a Divisão Psíquica

 


Os Nós da Alma: Traumas de Vinculação Sistêmica e a Divisão Psíquica

Desvendando as raízes familiares de conflitos internos profundos.

Já sentiu como se houvesse diferentes partes de você puxando para direções opostas? Ou talvez uma sensação de não pertencer, mesmo estando em seu próprio lar? Esses sentimentos podem ser reflexos dos traumas de vinculação sistêmica, um tipo de trauma que, segundo Franz Ruppert, atinge a própria estrutura da nossa psique e pode levar a uma divisão psíquica.

Imagine situações como mortes em familiares que foram negadas, filhos ilegítimos não reconhecidos, ou crianças entregues para adoção sem um devido processo de luto e integração no sistema. Essas "exclusões" ou segredos no sistema familiar criam nós invisíveis, mas poderosos, que podem se manifestar em gerações futuras. É como se a lealdade oculta ao sistema nos compelisse a "representar" aquilo que não pôde ser visto ou nomeado.

A neurociência nos mostra que nosso cérebro busca coerência. Quando há uma fragmentação interna causada por essas lealdades e segredos sistêmicos, a mente tenta criar uma "lógica" para o que não faz sentido, resultando em conflitos internos e, por vezes, em sintomas que nos parecem inexplicáveis. A Teoria Polivagal nos ajuda a perceber como nosso sistema nervoso pode ficar em um estado constante de desorganização, tentando conciliar realidades opostas.

A visão sistêmica é a chave para desatar esses nós. Ela nos permite olhar para o todo, para as interconexões invisíveis que nos ligam aos nossos antepassados. É um processo de reconhecimento e integração, onde se dá um lugar para o que foi excluído, permitindo que a psique se reorganize e encontre sua inteireza. Não é sobre reviver a dor, mas sobre compreendê-la e, assim, liberar-se.

Se essa ideia de divisão psíquica e traumas de vinculação sistêmica ressoa em você, talvez seja um convite para olhar mais a fundo sua própria história familiar. Desvendar esses nós é um caminho de profunda cura e autoconhecimento. Estou aqui para te guiar nessa jornada de reconexão e integração.

Cida Medeiros

Visite também:

Caleidoscópio do Saber com Cida Medeiros:

Esta postagem foi inspirada e se baseia nas valiosas contribuições de Franz Ruppert, especialmente em sua obra sobre "Almas Confusas" e os tipos de traumas psíquicos (traumas existenciais, de perda, de vinculação e de vinculação sistêmica), além de incorporar conceitos da Teoria Polivagal (Stephen Porges), da Terapia de Aceitação e Compromisso (Steven C. Hayes), dos estudos sobre trauma e corpo (Bessel van der Kolk) e neuroplasticidade (Norman Doidge).

quarta-feira, 13 de agosto de 2025

O Vazio da Perda: Trauma e Depressão

 

(não sei o nome do artista que fez essa arte, portanto se souberem deixem nos comentários)

O Vazio da Perda: Compreendendo o Trauma de Perda e a Depressão

Lidar com perdas: da desmotivação à superação com a visão sistêmica.

A vida é feita de ciclos, e as perdas, infelizmente, fazem parte deles. Mas nem toda perda é absorvida da mesma forma. Quando um trabalho é perdido, um relacionamento termina, ou a morte súbita de alguém amado nos atinge, podemos estar diante de um trauma de perda. Franz Ruppert nos mostra que essas experiências podem levar a um profundo abatimento, falta de estímulo e, em casos mais graves, até mesmo à depressão.

A sensação de vazio que a perda deixa pode ser avassaladora. É como se uma parte de nós fosse arrancada. Nosso sistema nervoso, que busca equilíbrio, pode reagir a essa desorganização de diversas formas. A neurociência nos aponta que o luto não processado pode impactar neurotransmissores e áreas cerebrais ligadas ao humor e à motivação, contribuindo para estados depressivos.

A visão sistêmica nos convida a ir além do evento da perda em si. Ela nos faz questionar: como essa perda se encaixa na história da minha família? Houve outras perdas significativas que não foram elaboradas? Muitas vezes, carregamos não apenas nossa própria dor, mas também a dor não sentida de nossos ancestrais. É como se o "campo" familiar transmitisse essa memória de ausência.

Liberar-se desse peso é um processo que exige gentileza e coragem. É permitir-se sentir o que precisa ser sentido, dar um lugar àquilo que foi perdido e, assim, abrir espaço para a vida fluir novamente. Não se trata de esquecer, mas de integrar a experiência da perda de uma forma que te fortaleça, e não te aprisione.

Se você está sentindo o vazio de uma perda e percebe que isso está afetando sua motivação ou te puxando para a depressão, saiba que não precisa passar por isso sozinho. A abordagem sistêmica oferece ferramentas para honrar o que foi, e ao mesmo tempo, reencontrar seu brilho. Que tal dar o primeiro passo em direção à leveza?

Cida Medeiros

Visite Também: Caleidoscópio do Saber com Cida Medeiros:

Esta postagem foi inspirada e se baseia nas valiosas contribuições de Franz Ruppert, especialmente em sua obra sobre "Almas Confusas" e os tipos de traumas psíquicos (traumas existenciais, de perda, de vinculação e de vinculação sistêmica), além de incorporar conceitos da Teoria Polivagal (Stephen Porges), da Terapia de Aceitação e Compromisso (Steven C. Hayes), dos estudos sobre trauma e corpo (Bessel van der Kolk) e neuroplasticidade (Norman Doidge).

quarta-feira, 6 de agosto de 2025

Trauma Existencial: Quando a Vida Sacode a Alma

 


Trauma Existencial: Quando a Vida Sacode e a Alma Sente

Compreenda como eventos marcantes afetam sua existência.


Imagine-se em um terremoto. Ou testemunhando algo que abala suas estruturas mais profundas. Experiências como acidentes, doenças graves, assaltos ou catástrofes naturais são exemplos do que Franz Ruppert chama de trauma existencial. São momentos em que a própria sobrevivência é questionada, e a vida, como a conhecemos, é sacudida em seus alicerces.

As consequências desses traumas vão muito além do evento em si. Fortes medos, fobias, ataques de pânico e até pensamentos obsessivos podem surgir como resquícios dessa ameaça. É como se o nosso sistema de alarme interno ficasse permanentemente ligado, mesmo quando o perigo já passou. O corpo guarda essas memórias, e o cérebro tenta, a todo custo, nos proteger de algo semelhante no futuro.

A neurociência nos explica que, diante de uma ameaça existencial, o cérebro ativa respostas de luta, fuga ou congelamento. Em algumas pessoas, essa resposta pode ficar "travada", gerando uma sensação constante de desassossego. A Teoria Polivagal nos ajuda a entender como o nervo vago, nosso grande maestro interno, pode estar desregulado, impactando nossa capacidade de nos sentir seguros e em paz.

Olhar para o trauma existencial sob uma visão sistêmica significa reconhecer que ele não afeta apenas o indivíduo, mas também reverberar em seu entorno. Compreender essa dinâmica é crucial para a cura. Não é sobre esquecer o que aconteceu, mas sobre integrar a experiência, permitindo que a energia que ficou "presa" possa fluir novamente.

Se você sente que um evento marcante do passado ainda reverbera em sua vida, gerando medos ou ansiedade, saiba que existe um caminho para a ressignificação. Minha experiência em abordagem sistêmica e o estudo de como o corpo guarda as marcas me permitem oferecer um olhar acolhedor para a sua história. Permita-se dar um passo em direção à sua cura.

Cida Medeiros  

Veja Também: Caleidoscópio do Saber

Esta postagem foi inspirada e se baseia nas valiosas contribuições de Franz Ruppert, especialmente em sua obra sobre "Almas Confusas" e os tipos de traumas psíquicos (traumas existenciais, de perda, de vinculação e de vinculação sistêmica), além de incorporar conceitos da Teoria Polivagal (Stephen Porges), da Terapia de Aceitação e Compromisso (Steven C. Hayes), dos estudos sobre trauma e corpo (Bessel van der Kolk) e neuroplasticidade (Norman Doidge).

sábado, 2 de agosto de 2025

O Vazio do Abandono. três compreensões.



 O Vazio do Abandono: quando o que falta não é o outro, é você consigo mesma

O abandono tem muitas formas. Às vezes é visível – como a ausência de alguém que deveria ter cuidado de nós. Mas, muitas vezes, é sutil, silencioso e profundamente doloroso.

Pode ser o olhar que não veio.
A escuta que não aconteceu.
O colo que não foi dado.

E assim, crescemos sentindo que não somos prioridade de ninguém – nem mesmo de nós mesmas.

Na minha caminhada como terapeuta, pude mergulhar em diferentes abordagens e compreensões sobre o abandono. Na Constelação Familiar, vi como essa dor pode ser transgeracional, atravessando linhagens. No ThetaHealing, compreendi o abandono como uma crença gravada profundamente no subconsciente. No Ho’oponopono, aprendi a purificar memórias que se repetem. E em Access Consciousness, vi que, às vezes, o que nos prende é apenas um ponto de vista fixo.

Com tudo isso, percebi que a grande virada acontece quando a pessoa começa a se reconectar consigo mesma. Porque o maior abandono de todos é aquele que vivemos de nós para nós mesmas.

E você? Tem se abandonado para agradar? Tem deixado sua essência por medo de ser rejeitada?

Você não precisa continuar nesse ciclo.

Meu trabalho é te ajudar a reencontrar sua própria presença — e fazer as pazes com o que ficou em falta, lá atrás.

Se esse texto te tocou, entre em contato. Podemos trilhar juntas um caminho de reconexão e cura.

Cida Medeiros

quarta-feira, 30 de julho de 2025

Além do Olhar: Neurociência e Traumas de Vinculação

 


Além do Olhar: A Neurociência por Trás dos Traumas de Vinculação

Como as primeiras relações moldam seu cérebro e emoções.

Sabe aquela sensação de que algo te falta, ou aquela dificuldade em confiar plenamente? Muitas vezes, a origem está nos nossos primeiros laços, nas primeiras relações que formamos. Os traumas de vinculação, segundo Franz Ruppert, são feridas que surgem quando nossa necessidade de segurança e conexão não é atendida de forma consistente. E o impacto disso é profundo, alcançando até o nosso cérebro.

A neurociência moderna nos oferece lentes poderosas para entender essa complexidade. A Teoria Polivagal, por exemplo, nos mostra como nosso sistema nervoso autônomo se organiza em resposta às experiências de segurança e ameaça. Se a vinculação foi marcada por imprevisibilidade ou abandono, nosso sistema pode se tornar hiperalerta ou, ao contrário, se "desligar" para se proteger.

Pense no cérebro como um músculo que se molda com o uso. Experiências repetidas de vinculação insegura podem criar caminhos neurais que nos levam a repetir padrões de comportamento, mesmo que dolorosos. É por isso que, muitas vezes, nos vemos em situações que parecem um "déjà vu emocional". Mas a boa notícia é que o cérebro que cura é capaz de transformar! A neuroplasticidade é real, e podemos reescrever essas histórias.

A abordagem sistêmica nos ajuda a não olhar apenas para o indivíduo isolado, mas para o sistema de onde ele veio. Compreender a dança das relações que te formaram é crucial para desatar os nós. É um convite a sentir o corpo, a reconhecer as sensações e a começar a criar novas narrativas internas.

Se você se identificou com essa reflexão sobre traumas de vinculação e a influência da neurociência em suas emoções, saiba que existe um caminho. Explorar a visão sistêmica é como acender uma luz em um quarto escuro, revelando o que antes era invisível. Que tal uma consulta para começarmos a desvendar juntos esses padrões e abrir espaço para novas e mais saudáveis formas de se conectar?

Cida Medeiros

Veja Também:  Liberte-se das amarras da mente: um caminho para a plenitude 

                         Você tem trauma com a sua mãe? Como reconhecer os sinais invisíveis dessa dor?


Inspiração e Fonte:

Esta postagem foi inspirada e se baseia nas valiosas contribuições de Franz Ruppert, especialmente em sua obra sobre "Almas Confusas" e os tipos de traumas psíquicos (traumas existenciais, de perda, de vinculação e de vinculação sistêmica), além de incorporar conceitos da Teoria Polivagal (Stephen Porges), da Terapia de Aceitação e Compromisso (Steven C. Hayes), dos estudos sobre trauma e corpo (Bessel van der Kolk) e neuroplasticidade (Norman Doidge).

quarta-feira, 23 de julho de 2025

O Eco do Passado: Traumas Familiares e Nossos Comportamentos


O Eco do Passado: Como os Traumas Familiares Moldam Nossos Comportamentos

Entenda como a história da sua família se manifesta hoje em você.

Você já parou para pensar que as dificuldades que enfrenta hoje, talvez até a forma como se relaciona, podem ter raízes em algo que nem você viveu? Parece loucura, eu sei, mas a verdade é que o sistema familiar é um campo de energia e informação. E, acredite, ele tem um jeito peculiar de nos passar "heranças" que vão muito além de bens materiais.

Pense em um trauma como uma semente plantada no solo da sua família. Se não for cuidada, ela cresce e seus frutos podem se manifestar em gerações futuras através de padrões de comportamento, medos inexplicáveis, ou até mesmo doenças. É como se o eco de um acontecimento do passado reverberasse no presente, afetando suas escolhas e sua visão de mundo.

Nossa neurociência nos mostra que o cérebro, incrível como é, se adapta para sobreviver. Se nossos antepassados viveram em um ambiente de escassez ou perigo, essa "programação" de alerta pode ser transmitida, deixando-nos mais ansiosos ou reativos. É fascinante, não é? O corpo, de fato, guarda as marcas.

A beleza da visão sistêmica é justamente essa: ela nos permite olhar para esses ecos, para essas marcas, com compaixão e entendimento. Não é sobre culpar o passado, mas sobre compreendê-lo para liberar o presente. É sobre dar voz ao que ficou silenciado, permitindo que a energia flua de forma mais saudável.

Curioso para desvendar os ecos da sua própria história? Entender como esses traumas familiares podem estar influenciando seus comportamentos é o primeiro passo para uma vida mais plena. Se essa reflexão tocou você, convido-o a explorar mais no nosso blog Caleidoscópio do Saber, onde abordamos  temas diversos que criam pontes para abordagem sistêmica de diversas formas. E se sentir o chamado para olhar mais de perto para suas próprias dinâmicas, uma conversa pode abrir caminhos surpreendentes.

Cida Medeiros


Inspiração e Fonte:

Esta postagem foi inspirada e se baseia nas valiosas contribuições de Franz Ruppert, especialmente em sua obra sobre "Almas Confusas" e os tipos de traumas psíquicos (traumas existenciais, de perda, de vinculação e de vinculação sistêmica), além de incorporar conceitos da Teoria Polivagal (Stephen Porges), da Terapia de Aceitação e Compromisso (Steven C. Hayes), dos estudos sobre trauma e corpo (Bessel van der Kolk) e neuroplasticidade (Norman Doidge).

Você também pode gostar: Por que eu me saboto quando tudo começa a dar certo?

sexta-feira, 13 de junho de 2025

As Marcas Silenciosas de um Amor Imperfeito: Entendendo o Trauma Materno

 



As Marcas Silenciosas de um Amor Imperfeito: Entendendo o Trauma Materno

Sabe, em meus mais de 30 anos como terapeuta, tenho visto de perto como as primeiras relações da nossa vida moldam quem somos. E, sejamos sinceros, a relação com a mãe, muitas vezes idealizada, pode ser também a fonte de feridas profundas e silenciosas: o trauma materno.

Não se trata de culpar ninguém, mas de compreender que nem toda mãe teve as ferramentas para oferecer o amor e o amparo que um filho necessita. Às vezes, por suas próprias dores e histórias não resolvidas, elas podem ter deixado marcas invisíveis, mas poderosas.

O Que Fica Quando o Amor Dói?

As consequências desse tipo de trauma são variadas e podem se manifestar de formas que nem imaginamos. Talvez você sinta uma dificuldade persistente em confiar nas pessoas, um medo constante de ser abandonado, ou uma insegurança que te impede de ir atrás dos seus sonhos. Pode ser que você se sinta sempre aquém, buscando aprovação externa a todo custo, ou que tenha padrões de relacionamento que se repetem de forma dolorosa.

Muitas vezes, essa dor se traduz em ansiedade, depressão, problemas de autoestima ou até mesmo somatizações físicas. É como se houvesse um roteiro interno, escrito na infância, que continua a ditar suas reações e emoções na vida adulta.

Como Perceber Essas Marcas em Você?

sexta-feira, 6 de junho de 2025

Por Que Repetimos Padrões Nocivos?

 


Por Que Repetimos Padrões Nocivos? Do Inconsciente Familiar à Neurociência do Pertencimento.

Você já se perguntou por que, às vezes, parece que estamos presos em ciclos de comportamento que não nos servem, ou até mesmo prejudicam a nós e aos outros? É uma questão complexa que tem intrigado pensadores de diversas áreas, desde a psicologia profunda até as mais recentes descobertas da neurociência.

terça-feira, 20 de maio de 2025

Quando a Fé Fere




✨Quando a Fé Fere: a dor silenciosa de quem só queria ser aceita por Deus✨

Ela chegou dizendo que brigou com a namorada...
Mas o que estava por trás daquela briga era algo maior:
o medo de não ser aceita.
Pela parceira. Pela sociedade.
E, principalmente, por Deus.

sexta-feira, 16 de maio de 2025

Superando o Desamparo Aprendido




Superando o Desamparo Aprendido: Um Guia para Reconhecer e Agir

Perceber-se em um estado de desamparo aprendido é o primeiro e crucial passo para sair dele. Não é um processo instantâneo, mas sim uma jornada de autoconhecimento e ação deliberada. Se você suspeita que está preso nesse ciclo, as seguintes orientações podem ajudar a identificar os sinais e traçar um caminho para a mudança:

sexta-feira, 9 de maio de 2025

Desafios da Fé: Abuso, Manipulação e Trauma Religioso

 


Desafios da Fé: Abuso, Manipulação e Trauma Religioso

A fé é um refúgio para muitas pessoas, especialmente em momentos de fragilidade emocional, quando buscamos sentido, apoio ou conexão. Porém, nem todo ambiente espiritual oferece o acolhimento que promete. Algumas experiências podem levar a abusos emocionais, manipulação e até traumas profundos. Este artigo é uma prestação de serviço para ajudar você a entender esses riscos, identificar se está sendo vítima de práticas abusivas e proteger seu bem-estar.

O Que Pode Acontecer em Contextos de Fé?

Quando estamos vulneráveis, é natural buscar conforto em grupos ou líderes espirituais. Mas, em alguns casos, essa busca pode ser explorada. Abusos emocionais e traumas relacionados à fé surgem quando a confiança é usada para controlar, em vez de fortalecer. Isso pode acontecer de forma sutil, tornando difícil perceber o que está errado até que os impactos já sejam profundos.

Sinais de Que Algo Está Errado

domingo, 27 de abril de 2025

Você tem medo... ou está sendo chamado?

 



Você tem medo... ou está sendo chamado?

O medo é uma resposta natural.
Ele nasce para nos proteger, para nos manter seguros diante do desconhecido.

Mas com o tempo...
o que era proteção vira prisão.
O medo, silenciosamente, passa de guardião a carcereiro.

Ele se alimenta das histórias que contamos a nós mesmos:
de que não somos capazes, de que não somos merecedores, de que estamos sozinhos no mundo.
E assim, vamos nos afastando da nossa essência, da nossa confiança no fluxo da vida.

Mas e se o medo for, na verdade, um chamado?
Um convite para mergulhar mais fundo?
Para olhar para dentro, para compreender as crenças que nos bloqueiam e libertar a nossa verdadeira força?

domingo, 13 de abril de 2025

Descobrindo Seus Valores

 



Descobrindo Seus Valores: O Farol da Sua Vida com a ACT


Olá, pessoal! Hoje quero falar sobre um tema que considero fundamental para a nossa jornada de autoconhecimento e bem-estar: valores.

Na Terapia de Aceitação e Compromisso (ACT), valores são como o nosso farol. Eles nos guiam, dão sentido à nossa vida e nos ajudam a tomar decisões mais alinhadas com o que realmente importa para nós. Mas, afinal, o que a ACT considera como valores?

Em vez de focar no que queremos evitar ou nos livrar, a ACT nos convida a olhar para frente. Valores são como bússolas, não destinos finais. Eles são "direções escolhidas e construídas verbalmente" que nos motivam e dão propósito à vida.

Como Encontrar Seus Valores?